domingo, 27 de novembro de 2011

Mais um grupo de estágio

Trabalhar supervisionando estágio é muito bom e muito ruim ao mesmo tempo.
Encontramos com os alunos muitos dias da semana e por muitas horas, um contato íntimo. Conhecemos pessoas, meninas e futuras profissionais.
Sempre que chega ao fim mais um grupo de estágio, me pergunto: Será que eu consegui fazer com que estas meninas-mulheres-profissionais, aprendessem algo de realmente valoroso? Será que elas consiguiram perceber que o conhecimento abre portas e não somente técnicas? Será que aprenderam a lidar com o outro ser humano em situação de fragilidade?
Acho que não tenho como saber a resposta. O meu maior desejo é que no futuro eu possa ser cuidada por uma delas com o mesmo amor que cuido daqueles que estão sob os meus cuidados.
Mesmo sem saber esta resposta ( pra quem me conhece saber que tenho a resposta para "tudo") continuo seguindo e acreditando que pouco ou muito deixei a minha marca e que meu sonho se realizou.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Reflexões de uma ciência a qualquer custo

O progresso da ciência nos últimos anos é algo astrondoso e que também nos assusta. Muito se evoluiu: a descoberta de novas tecnologias, homens indo à lua, medicamento revolucionando vidas. Mas, tudo isso a que preço? Quantas vidas foram ceifadas para se descobrir o mecanismo de funcionamento de uma células ou mesmo como enfermidades agiam dentro do corpo humano?
Algumas perguntas começam a ser esclarecidas. Mas certamente tantas outras ficaram na obscuridade da falta de ética e compromisso com atitudes humanizadas.
Questões etnorraciais permeiam a ciência e ficaram evidentes com a descoberta do uso de presidiários, negros judeus como cobaias em experimentos não consentidos ou pouco  esclarecidos  do seu risco potencial.
Construir uma nova ciência a cada dia é mais do que necessário, o mundo precisa disso. O que nos preocupa é o fato de quanto isso tudo custará a todos, sob o ponto de vista moral, e também para aqueles que apenas consentem que o progresso venha sem medir as consequências.
Para se ter uma nova perspectiva é imprescindível formar futuros pesquisadores conscientes de suas ações e imbuidos de uma ciência " limpa". Pessoas engajadas em promover avanços baseados em compromissos com o ser humano e não com a indústria multibilionária da medicina.
Mas, onde se aprende a ser assim? Dentro da sala de aula. Tudo isso é questão de uma formação adequada, baseada em princípios norteadores de uma prática livre de preconceitos e pactuadas com o progresso do ser humano.
O professor tem papel determinante na construção de um ensino de qualidade sob dimensões variadas. Pensar que seu aluno deve ter um olhar crítico e envolvido com as questões do seu cotidiano, trazer argumentos reais baseados na ética e humanizadoras.
Situações como a de Henrietta Lacks provavelmente ocorrerão aos montes e não temos conhecimento. Mas algo me inquieta sob o ponto de vista pedagógico. Como terá sido a formação dos pesquisadores que utilizaram as células HeLa? Talvez possam ter aprendido que a ciência pode se sobrepor a tudo. E outra pergunta pertubadora. Como estamos formando hoje nos futuros pesquisadores?
    
 

domingo, 7 de agosto de 2011

Concurso Prefeitura Salvador

Olá meus queridos colegas enfermeiros!! Sei que muitos de vocês estão pensando em fazer o concurso da prefeitura de Salvador, e as leis que teremos que estudar são tantas que só de pensar já cansa.
Por isso fiz um pequeno resumo sobre as referidas leis que teremos que aprender de um jeito ou de outro, espero que seja útil e boa sorte!!!

1) Lei 8.080/90
- Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde; a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes.
2) Lei 8.142/90
-Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde.
3) Decreto 1232/94
-Dispõe sobre as condições e formas de repasse regular e automático de recursos do fundo nacional de saúde para os fundos de saúde estaduais , municipais e do DF.
4) Portaria 399/06
-Divulga o pacto pela saúde- Consolidação do SUS e aprova as diretrizes operacionais do referido pacto.
5) Portaria 698/06
-Define que o custeio das ações é de responsabilidade das três esferas de gestão do SUS, observando o disposto na constituição federal e na lei orgânica do SUS.
6) Portaria 699/06
-Regulamenta as diretrizes operacionais dos pactos pela vida e de gestão.
7) Portaria 372/07
-Altera a portaria 699/06
8) Portaria 3085/06
-Regulamenta o sistema de planejamento do SUS.
9) Portaria 1101/02
-Estabelece os parâmetros de cobertura assitencial no âmbito do SUS.
10) Portaria 3916/98
-Aprova a política nacional de medicamentos.
11) Portaria 648/06
-Aprova a política nacional de atenção básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da atenção básica, para o PSF e o PACS
12) Lei municipal 5504/99
-Código municipal de saúde de Salvador
13) Lei complementar 01/91
-Institui o regime jurídico único dos servidores públicos do município de Salvador
14) Portaria 992/09
-Institui  a política nacional de saúde integral da população negra.
15) Portaria 1820/09
-Dispõe sobre os direitos e deveres dos usuários do SUS.
16) Portaria 1863/03
-Institui a política nacional de atenção às urgências a ser implantadas em todas unidades federadas, respeitadas as competências das três esferas de gestão.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cuidados com crianças



Muitos estudiosos acreditam que os cuidados dispensados nos 5 primeiros anos de vida de uma criança, são fundamentais e influeciaram a vida adulta de forma positiva ou negativa.
Mas, para um bom desenvolvimento os cuidados devem se estender aos somente relacionados com o físico. Um ambiente familiar saudável, cuidados emocionais e sociais ajudam na formação da criança como indivíduo. Podería dizer que um bom cuidar envolve dar amor, carinho, atenção, proteger contra todo tio de abuso e negligências de variada ordem, incentivar a brincadeira, conversar, ouvir. E para isso só precisamos de tempo e paciência.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Dor- 5° sinal vital

A dor considerada por muitos como um fenômeno subjetivo pode ser mensurada facilitando a assitência de enfermagem o que possibilita ao profissional enfermeiro uma assistência de qualidade. Para colocar em prática rotineira a mensuração deste sinal vital muitas escalas foram desenvolvidas como por exemplo a Escala de dor PIPP ou a Escala de COMFORT, nelas encontramos o instrumento necessário para identifica e promover a analgesia do paciente.
Na criança, em especial, podemos seguir algumas orientações básicas, são elas:
1. Escolher a escala de avaliação de dor mais adequada às condições do paciente, idade e capacidade de compreensão e comunicação;
2. Avalie a dor juntamente com os sinais vitais em todos os pacientes;
3. Localize a dor e suas características;
4. Saiba que toda dor é importante;
5. Para pacientes não comunicativos, poderaõ ser utilizados os descritores comportamentais;
6. Nunca esquecer de registrar a dor em prontuário. 

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Doação de medula óssea

Aproveitando o tema das células tronco, aproveito para falar sobre a doação de medula óssea. Alternativa que se segue ao tratamento de pacientes com Leucemia entre outros tipos de câncer.

Decido o transplante como terapêutica a ser realizada, inicia-se a busca por um doador de medula óssea, que pode ser da família ( doador aparentado) ou disponibilizado mediante a doação realizada por voluntários ( doador não aparentado), através do banco de medula óssea.
Contudo apenas 30% dos pacientes conseguem um doador compatível entre membros de sua família, sendo a maioria dependente de doadores não aparentados. Portanto, 70% dos pacientes recorrem ao Registro Nacinaol de Doadores Voluntários de Medula Óssea ( REDOME), criado em 1993, cadastrando doadores voluntários em todo país e ao Registro Nacional de Sangue de Cordão Umbilical ( RENACORD).
Existem, portanto, três fontes de coleta das células tronco hematopoiéticas para a realização da doação, que são: Medula óssea, sangue periférico e sangue de cordão umbilical e placentário.
Os únicos critérios preestabelecidos pelo Ministério da Saúde para se tornar um doador de medula óssea são: ter idade entre 18 e 55 anos e bom estado geral de saúde, não existindo contra-indicação em relação a incompatibilidade sanguínea. Encaixando-se neste perfil, o interessado deve dirigir se ao hemocentro mais próximo para realizar preenchimento da ficha cadastral e coletar 10 ml de sangue para classificação.
Os dados ficam disponíveis no REDOME e são cruzados com a solicitação.

Então estamos esperando o que para nos tornarmos doadores?!!!!!!
Pensem nisso!!!

domingo, 15 de maio de 2011

Células tronco do cordão umbilical - Parte II

Conforme combinado, segue a segunda parte das pertuntas respondidas pelo INCA.

O sangue do cordão umbilical é utilizado para que tipo de tratamento?
O sangue do cordão é uma das fontes de células-tronco para o transplante de medula óssea e este é o único uso deste material atualmente. O transplante é indicado para pacientes com leucemias, linfomas, anemias graves, anemias congênitas, hemoglobinopatias, imunodeficiências congênitas, mieloma múltiplo, além de outras doenças do sistema sanguíneo e imune (cerca de 70 indicações).
As células-tronco podem ser utilizadas em tratamento de outras doenças?
Sim, mas a fonte utilizada atualmente para indicações diferentes do transplante de medula óssea, como a medicina regenerativa de determinados órgãos, são as células-tronco da medula óssea do próprio indivíduo.
O tecido do próprio cordão também possui células-tronco?
Esta é mais uma especulação desta área. Há conhecimento de que existem células-tronco em vários tecidos do organismo há pelo menos 10 anos. Sua obtenção, entretanto, é difícil, cara e ainda sem utilidade prática. No campo da ciência é prudente aguardar que os resultados deixem o campo da experimentação e sejam aplicados na prática médica. Não existem ainda logística, recursos e indicação para que as células do próprio cordão sejam utilizadas em curto e médio prazo. Trata-se de antecipação de estudos ainda sem resultados práticos, o que em geral causa muita ansiedade e expectativa nos que aguardam perspectivas de cura para doenças graves.
Quanto tempo depois da doação, então, a unidade fica disponível para transplante?
Somente de 3 a 6 meses depois do parto as unidades são liberadas para uso. Durante este tempo, são realizados testes no sangue do cordão para excluir doenças infecciosas e genéticas. Este é um procedimento de segurança, para evitar as janelas imunológicas das doenças infecciosas. Como hoje existem testes mais precisos, principalmente para HIV e hepatite, será proposta à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a alteração desta norma, para que as unidades com estes testes negativos sejam liberadas mais rapidamente, sem obrigatoriedade dos testes de seguimento da mãe. Desta forma, haverá um crescimento mais rápido e eficiente do número de unidades disponíveis para uso, nos moldes do que acontece na maioria dos países que possuem Bancos de Sangue de Cordão públicos. O aproveitamento final, depois de exclusão por critérios de segurança e qualidade (contagem mínima das células e volume), é de cerca de 40% das unidades coletadas.
Como os pacientes receberão estas células?
O processo de transplante é semelhante ao utilizado com doador de medula óssea, ou seja, após um regime de preparação com quimioterapia e/ou radioterapia, o paciente recebe as células-tronco em um procedimento semelhante a uma transfusão.
Os pacientes com indicações para transplante não-aparentado deverão ser cadastrados pelo Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (REREME). O médico insere no sistema características da doença, dados cadastrais do paciente e o resultado do teste de HLA, um teste genético. Depois, é feito um cruzamento de informações entre o REREME e o Registro de Doadores de Medula Óssea (REDOME), que inclui os dados das unidades armazenadas em bancos da Rede BrasilCord e dos doadores voluntários, a fim de identificar um doador ou unidade de cordão compatível.
Referência:
INCA – Instituto Nacional do Câncer , disponível em http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=2469, 09/05/11 às 20:05.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Células tronco do cordão umbilical - Parte I

Motivada por um folder trazido por uma aluna, resolvi falar um pouco sobre células tronco do cordão umbilical. Para tanto, trago uma sequência de perguntas encontradas no site do INCA ( Instituto Nacional do Câncer), boa leitura!!!!

O que são células-tronco?
As células-tronco são células muito especiais. Elas surgem no ser humano, ainda na fase embrionária, previamente ao nascimento. Após o nascimento, alguns órgãos ainda mantêm dentro de si uma pequena porção de células-tronco, que são responsáveis pela renovação constante desse órgão específico. Essas células têm duas características distintas:
1- elas conseguem se reproduzir, duplicando-se, gerando duas células com iguais características;
2– conseguem diferenciar-se, ou seja, transformar-se em diversas outras células de seus respectivos tecidos e órgãos.
Um exemplo é a célula-tronco hematopoética, que no adulto se localiza na medula óssea vermelha. Na medula óssea, ela é responsável pela geração de todo o sangue.
Essa é a célula que efetivamente substituímos quando realizamos um transplante de medula óssea.
Onde podemos encontrar as células-tronco?
Além da célula-tronco hematopoética, pesquisas recentes têm demonstrado a presença de células-tronco específicas, presentes em tecidos como, fígado, tecido adiposo, sistema nervoso central, pele etc. A utilização para fins terapêuticos dessas células também tem sido alvo de vários estudos.
O sangue do cordão umbilical e placentário é utilizado para que tipo de tratamento?
Durante a gravidez, o oxigênio e nutrientes essenciais passam do sangue materno para o bebê por meio da placenta e do cordão umbilical. O sangue que circula no cordão umbilical é o mesmo do recém-nascido. Quando pesquisadores identificaram no cordão umbilical um grande número de células-tronco hematopoéticas, que são células fundamentais no transplante de medula óssea, este sangue adquiriu importância, pela doação voluntária, para pessoas que necessitem do transplante.
Referência:
INCA – Instituto Nacional do Câncer , disponível em http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=2469, 09/05/11 às 20:05.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Micoses, a doença dos fungos

Estamos entrando em uma época de chuva e grande umidade. Assim resolvi falar um pouco sobre fungos, este patógeno que nos ajuda nas áreas de culinária e que nos prejudica quando nos infecta. Entre as enfermidades que nos acomentem encontramos as micoses.

A micose é uma doença com origem em fungos e que afecta as zonas de humidade do corpo humano. Os  fungos são organismos oportunistas que provocam, por exemplo, o   bolor do pão ou são usados para o fabrico do queijo, mas assim como, eles fazem bem para nós, ajudando no processo de fermentação de alguns alimentos, podem causar enfermidades. São organismos microscópicos que vivem praticamente em todos os ambientes.
Os fungos encontram-se em todo o lado, inclusive em várias partes do corpo humano. Estes organismos infectam mais facilmente as regiões úmidas e quentes do corpo, sendo as mais afectadas as pessoas que trabalham em contacto constante com água, como os trabalhadores de cafés, restaurantes, lavandarias, de limpeza e as donas de casa que têm mais probabilidades de desenvolver a micose das unhas das mãos. Quando as micoses surgem apenas na superfície da pele, cabelos ou unhas são chamadas micoses superficiais.
Os fungos responsáveis pelas micoses no ser humano provêm do solo, de animais ou de outro ser humano. Escolhem as zonas de calor do corpo para depois crescer e multiplicar-se, escolhendo preferencialmente as virilhas, os órgãos genitais, os pés, unhas ou a boca.
As roupas interiores devem ser de fibras naturais como o algodão, pois as fibras sintéticas prejudicam a transpiração. Quando tiver de manter um contacto prolongado com detergentes, use luvas e enxagúe as mãos sempre que usar uma esponja. Lave a cabeça dia sim, dia não, com água morna e um bom champô e não use pentes ou escovas de outras pessoas.
O uso constante de sapatos fechados, botas e ténis, assim como a sudorose excessiva facilitam a instalação dos fungos nas unhas dos pés. Para quem usa sapatos fechados, a utilização de meias de algodão facilita a evaporação do suor e mantém os pés mais secos. Além disso, a aplicação de talcos pode ser útil. Outra medida importante para manter os pés e as unhas dos pés secos é colocar os calçados ao sol e procurar revezar o uso dos sapatos.
O tratamento da micose é simples, mas exige persistência porque, às vezes, parece que o fungo está eliminado e na verdade não está. Para além do tratamento oral ou local recomendado pelo médico, são necessários alguns cuidados como evitar andar descalço em pisos húmidos ou públicos: não calçar sapatos durante muitos dias, dando tempo a que sequem o suor acumulado e sempre que possível usar sandálias; não usar toalhas comuns ou mal lavadas e após o banho enxugue-se bem, principalmente nas áreas de dobras, como o espaço entre os dedos dos pés e virilha.

sábado, 23 de abril de 2011

HPV

Aproveitando a temática anterior ligada a saúde feminina, trago informações relevantes a respeito da prevenção do câncer do colo uterino que tem como dados estátisticos números alarmantes. Cerca de 500.000 mulheres no mundo têm a doença e metade delas morrem em consequência desta moléstia tão grave.
O câncer do colo do útero pode acontecer em qualquer momento da vida da mulher, sendo que o HPV ( Papiloma vírus humano) é responsável por 90% dos casos.
Logo, nos faz pensar que devemos concentrar nossas forças no combate ao vírus.
Mas, o que é o HPV?
O HPV é um tipo de vírus que infecta a mucosa anogenital, existem 100 tipos distintos porém apenas 15 desses são considerados oncogênicos, isto é, podem causar câncer.
O vírus é transmitido sexualmente. Porém, mesmo que não haja penetração, pode haver transmissão pelo simples contato com a pele. Existe também a possibilidade de ocorrer contaminação através de objetos sujos com secreções ou sangue contaminados.
As mulheres sexualmente ativas correm mais risco de se contaminar, desta forma o uso de preservativos é imprescindível. O exame de Papanicolau é uma arma para a detecção precoce da doença, o que pode ser determinante na cura do câncer, este exame  deve ser realizado anualmente para a coleta de células do colo uterino, que posteriormente serão examinadas para a identificação de lesões pré-cancerossas. Outro meio diagnóstico é a Colposcopia que permite a visualização de lesões mínimas e também deve ser realizado a cada ano.
O tratamento é individualizado e depende do número, extensão, localização e aspecto das lesões. Em seus estágios iniciais, as doenças causadas por HPV podem ser tratadas. 


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Endometriose- Parte II

Conforme prometido, seguimos falando sobre endometriose.
Na suspeita de endometriose o médico pode solicitar um procedimento cirúrgico com finalidade diagnóstica chamado Laparoscopia, que permite uma análise da parte externa do útero e órgãos abdominais próximos a ele.
A endometriose aparece como "manchas" pretas ou avermelhadas na superfície dos órgãos e algumas vezes pode causar cistos no ovário. Estes, enchem-se de sangue, adquirindo uma coloração marrom parecido com chocolate, dái vem a denominação popular de "cistos de chocolate".
Uma das grandes preocupações da mulher são os riscos para a infertilidade. Muitas vezes a mulher só descobre que tem a doença quando não tem sucesso em engravidar. Vale deixar claro que a mulher com endometriose não necessariamente fica estéril, porém a dificuldade chega a atingir níveis em torno de 50%.
Mesmo com uma endometriose de pequeno volume pode ocorrer dificuldade no transporte ou na fertilização dos óvulos, em casos mais graves a liberação do óvulo pode ser comprometida ou as trompas uterinas podem estar bloqueadas.
Assim, existem duas maneiras de tratar a doença: medicamentos ou cirurgia. A escolha do tratramento deve ser conjunta com o médico e seus objetivos são melhorar a qualidade de vida por meio do alívio dos sintomas e melhorar as chances de fertilidade. 
Se você se identificou com algum destes sintomas, consulte seu ginecologista. Existe ainda a Associação Brasileira de Endometriose ( ABEND) que pode ajudá-lo a esclarecer mais dúvidas.
Até a próxima postagem!!!!!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Endometriose

A endometriose é uma doença que normalmente é diagnosticada pelo ginecologista durante exames de rotina, algum procedimento cirúrgico ou durante a investigação de infertilidade. Estatisticamente, para cada mulher com dificuldade de engravidar, duas têm endometriose, se tiver parente direto com a mesma enfermidade as chances são ainda maiores de ter o problema.
Mas, o que é mesmo endometriose?
A endometriose é a presença de tecido semelhante ao que temos no interior do útero, chamado de endométrio, porém, ele aparece em outras àreas como bexiga, vagina, ossos da pube, trompa uterina, intestino e tantos outros.
Os sintomas podem variar de indivíduo porém a dor é a característica que desperta a atenção da mulher para que algo não vai bem. A dor pode ser cíclica, relacionada ao período menstrual ou mesmo contínua. Ocorre , em geral, na parte pélvica  e pode tornar a relação sexual dolorosa. A menstruação tende a ser mais intensa que o normal e sintomas urinários ou intestinais podem estar presentes.
Ainda não se tem definida a real causa da endometriose, algumas teorias defendem uma origem genética, imunológica ou mesmo estresse. Vale ressaltar que não é uma doença transmissível e também não há como prevenir seu aparecimento.
Na próxima postagem falarei sobre o diagnóstico, tratamento e as implicações da doença com a fertilidade, grande abraço e até lá!!!

sábado, 9 de abril de 2011

Imagine

Diante de tantos temas e notícias difíceis da última semana., resolvi trazer a tradução da música Imagine de John Lenon que traz uma mensagem onde a paz e amor é possível se todos nós sonharmos juntos e tentarmos construir um mundo melhor. Então vamos juntar nossas forças e começar a caminhada?
Imagine

Imagine que não exista nenhum paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Acima de nós apenas o céu

Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje

Imagine não haver países
Não é difícil de fazer
Nada para matar ou morrer
E nenhuma religião também

Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz

Você pode dizer: eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu espero que algum dia você se junte a nós
E o mundo será como um só

Imagine não possessões
Gostaria de saber se você pode
Não há necessidade de ganância ou fome
Uma fraternidade do homem

Imagine todas as pessoas
Compartilhando o mundo todo

Você pode dizer: eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu espero que algum dia você se junte a nós
E o mundo viverá como um único

terça-feira, 5 de abril de 2011

Enfermagem e a morte

Ontem durante o estágio recebemos a notícia do enfermeiro do setor que uma das crianças que tinhamos cuidado morreu, percebi nos rostos da minhas alunas uma tristeza, surpresa e acredito que talvez tenha surgido um sentimento que elas mesmas não souberam explicar. Isso me motivou a escrever um pouco sobre essa relação da enfermagem e a morte. 
A enfermagem, assim como a medicina é uma profissão que está em contato tanto com a vida como a morte. Aprender a lidar com essa situação tão corriqueira não é tarefa fácil, os profissionais de saúde buscam de diversas formas processar a informação que "perdeu" a luta pela vida.
A dificuldade, muitas vezes está porque falar de morte nos remete à nossa angústia maior que é pensar a própria morte, a única certeza, o resto são possibilidades.
Outra questão a ser levantada é que nos cursos de graduação, em sua grande maioria, todo o trabalho é na cura, logo não somos preparados para lidar com a perda, nos vemos impotentes.
Tudo isso é exarcebado quando falamos de morte na infância, temos na criança um ser cheio de potencialidades, de expectativas e todo um futuro pela frente, como se costuma falar. Parece que nos entristecemos mais, temos mais compaixão pelos familiares e muitas vezes até preferimos não estar naquele plantão para não presenciar o sofrimento alheio e nosso também.
Como trabalhar estes sentimentos é tarefa importante e necessária para nós enfermeiros que vivemos os nossos e os sentimentos daqueles que cuidamos.

terça-feira, 29 de março de 2011

Síndrome do estresse profissional

A palavra estresse quer dizer "pressão", "tensão" ou "insistência", portanto estar estressado quer dizer "estar sob pressão" ou "estar sob a ação de estímulo insistente". O estresse é essencialmente um grau de desgaste no corpo e da mente, que pode atingir níveis degenerativos.  Entre as síndromes provenientes do estresse temos a Síndrome de Burnout, muito comum em enfermeiros, professores, médicos, profissionais de telemarketing, taxistas.
 Síndrome de Burnout (do inglês to burn out, queimar por completo), também chamada de   síndrome do esgotamento profissional e é caracterizada por diversas fases, abaixo listo algumas delas.
  • Necessidade de se afirmar
  • Dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho;
  • Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido;
  • Recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas;
  • Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da auto-estima é o trabalho;
  • Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente desvalorizados e tidos como incapazes. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
  • Recolhimento;
  • Mudanças evidentes de comportamento;
  • Despersonalização;
  • Vazio interior;
  • Depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido;
  • E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde a colapso físico e mental. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência.
Os enfermeiros, pelas características do seu trabalho, estão predispostos a desenvolver burnout.  Esses profissionais trabalham diretamente e intensamente com pessoas em sofrimento.Particularmente os enfermeiros que trabalham em áreas como oncologia, muitas vezes se sentem esgotados pelo fato de continuamente darem muito de si próprios aos doentes.
Os sintomas são variados: fortes dores de cabeça, tonturas, tremores, muita falta de ar, oscilações de humor, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, problemas digestivos. exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos (até como defesa emocional).
Essa síndrome se refere a um tipo de estresse ocupacional logo as instituições devem estar atentas para o aparecimento precoce dos sinais e sintomas afim de amenizar as consequências deste desgaste ao qual o enfermeiro está sujeito.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Cuidando de quem cuida

Ao abordar a temática do cuidado com o paciente me recordei de um programa dentro de uma instituição hospitalar que trabalhei, lá existia ou ainda existe a preocupação de cuidar de quem cuida, nós enfermeiros que passamos tanto tempo de nossas vidas nos dedicando aos outros e muitas vez esquecemos que também precisamos nos cuidar e de alguém que cuide de nós.

Amanhã trarei um texto que abordará essa relação de auto-cuidado.
Até lá!!!!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Espiritualidade no cuidado



Segundo Harold Koenig, um médico que aborda em seus livros a relação espiritualidade e saúde, existem muitos e bons motivos para incluir a espiritualidade na prática clínica da medicina, para tanto é necessário identificar quais são estas necessidades e como abordá-las.
Muitos dos nossos pacientes são religiosos e se utilizam de crenças e práticas religiosas para enfrentar suas enfermidades, principalmente quando falamos de doenças graves.  Muitos pacientes gostaria que seus médicos abordassem as suas necessidades espirituais e os apoiassem nessa área, principalmente quando a enfermidade se agrava. Além disso, os resultados de numerosas pesquisas no assunto, apontam que crenças e práticas religiosas estão relacionadas à melhor qualidade de vida e saúde. Finalmente, há uma forte ligação histórica entre religião e assistência à saúde que com o passar do tempo vem sendo esquecida.
O autor aponta ainda que a abordar as necessidades espirituais dos pacientes não é nova, tanto na prática da psiquiatria como da medicina. Alcançar estes objetivos nos dias atuais são um desafio para os profissionais de saúde.

Assim, levanto a seguinte questão, cabe ao profissional de saúde abordar esta temática com os pacientes sob os seus cuidados e como fazê-lo?  Conto com sua opnião!!!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Criança segura x Casa segura

Conforme prometido, vamos a segunda parte do texto que agora abordará aspectos extremamente relevantes a segurança da criança no domicílio. Desta vez me lembrei do meu sobrinho predileto, Paulo, predileto não porque é o único, mas o que mora no meu coração antes mesmo de ter nascido. Como toda criança já aprontou e seguirá aprontando muito, por isso se você tem um sobrinho, sobrinha, filho ou filha que se pareça com ele, preste bem atenção.

Cozinha:

* A cozinha é o paraíso das crianças, cheia de cores e cheiros e muitos perigos também, logo, mantenha-as longe principalmente quando tiver preparando alimentos quentes

* Evite que seu filho fique no colo enquanto você cozinha

* Prefira utilizar as bocas de traz e coloque os cabos das panelas sempre para dentro

* Objetos perfuro cortantes, sacos plásticos, produtos inflamáveis e de limpeza devem ficar longe do alcance, de preferência trancados em um aramário

* Evite usar toalhas na mesa, aquelas mãozinhas curiosas e rápidas podem puxá-las e derramar algo em seu filhote

Banheiro:

* Outro "parque de diversões" , assim mantenha a tampa da privada sempre fechada para evitar afogamentos e que ele beba a água ali contida

* Utilizar um piso antiderrapante no banheiro e box evita que haja deslizamentos e traumas

* Deixe materiais de limpeza, remédios, xampus e outras quinquilharías que adoramos guardar no banheiro longe do alcançe e bem trancados

* Nunca deixe seu filho tomando banho sozinho e teste a temperatura da água antes de iniciar o banho.

Com essas medidas simples mas que muitas vezes, pela correria do trabalho esquecemos de realizar iremos proporcionar uma infância segura e sobretudo feliz para os pequenos.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Criança segura x Casa segura

Hoje fiquei apreensiva com a segurança da criança em casa pelo fato do neto da pessoa que trabalha em minha casa ter caído do sofá por apenas um instante de desatenção. Como todos sabemos criança apronta em um piscar de olhos.
Todos os anos muitas crianças são vitimadas por acidentes domésticos em decorrência da falta de informação, adaptações no meio ambiente em que vivem e cuidados simples que devem ser empregados no dia-a-dia.
Para a criança tudo parece um brinquedo, e como não é,  oferece riscos inimagináveis. Vamos então separar por cômodos.
Sala:
* O uso de grades ou telas nas janelas é fundamental, além de evitar móveis próximos á elas para que a criança não suba.
* Se sua casa tem escadas, coloque portões no topo e na base.
* Se sua casa não tem móveis com os cantos arredondados, use protetores.
* Tampe as tomadas da casa.
* O piso ideal é antiderrapante, principalmente na fase de aprender a andar.

Quarto:
* Observe se as grades do berço estão levantadas e se possuem espaços menores que 6 cm, assim seu filho não corre o risco de ficar com a cabeça presa.
* Evite enfeites ou cordões no pescoço da criança para que não se enforque acidentalmente.
* Mantenha sempre a cabeceira do berço elevado assim você poderá o refluxo .
* Observe se os brinquedos tem o selo Inmetro e se estão compatíveis com a idade do seu filho.
Na próxima matéria postarei sobre os cuidados com a criança em outras áreas da casa, aguardem, grande abraço e até lá!!!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

CARNAVAL - Como sobreviver ?

O carnaval está chegando e com ele os nossos excessos. Bebemos muito, comemos mal e submetemos nosso corpo a longas caminhadas, as quais não estamos acostumados. Mas é carnaval, época de viver a alegria e curtir a folga tão sonhada.
Para isso pensei em um pequeno manual de sobrevivência na “selva”. Então, boa sorte e bom carnaval!!!
  1. Durma bem no dia anterior da folia, carregar a bateria é fundamental;
  2. Se for caminhar muito, faça um leve alongamento, isso poderá prevenir algumas dores no dia seguinte;
  3. Vista uma roupa leve e bem confortável, você ficará com ela por algumas longas horas;
  4. Calce um sapato macio, de preferência um tênis pois amortece o impacto e ainda protege o seu pé das sujeiras;
  5. Guarde seus documentos e dinheiro em um local seguro;
  6. Só leve celular e cartão de crédito se for realmente necessário;
  7. Junte os amigos e revezem a carona;
  8. Antes de sair de casa beba água e vá ao banheiro, no circuito do carnaval não encontramos sanitários em quantidade e em boas condições de uso;
  9. Alimente-se com frutas, massas para dar energia e muito, muito líquido, mas isso não se refere à bebida alcoólica;
  10. Se gosta de uma cervejinha, tudo bem, mas intercale com água;
  11. Churrasquinho de gato e cachorro quente são um perigo, cuidado;
  12. Beijar na boca é muito bom, mas vale lembrar que através dele podemos adquirir diversas doenças, então seja seletivo;
  13. Se resolver namorar lembre-se que a camisinha é imprescindível;
  14. Ao voltar para casa, tome um banho bem gostoso e relaxe pois no dia seguinte tem mais!!!

Bom carnaval à todos e juízo que nunca é demais!!! 

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Resenha Crítica - O amor é contagioso x cuidado humano

Trago partes de uma resenha crítica escrita pela minha aluna Camila Cirino Cerqueira Gomes, do curso de Enfermagem da UCSal, nela serão abordadas questões encontradas no filme Patch Adams- O amor é contagioso e confrontadas com teorias sobre o cuidado humano, tema bastante discutido em sala de aula.
Boa leitura!!!

O cuidar é um ato fundamental quando o assunto é saúde. Todos os seres humanos precisam do cuidado e ás vezes fazer o papel do cuidador, principalmente quando se trata de ambientes onde ocorre a relação profissional de saúde /paciente.
A área de saúde a cada dia deve priorizar e discutir a humanização em seu ambiente de trabalho. A atenção, o afeto que se transmite ao paciente/cliente é de suma importância nesse momento e tem vezes que pode interferir ou não na sua recuperação, mas o importante é por em prática sempre.
Segundo Morse (1990), o cuidar é como uma  característica humana, como um imperativo moral, como afeto, como interação interpessoal e como intervenção terapêutica.
Um exemplo de envolvimento, carinho, gostar de ajudar os outros e levar a alegria para lugares sem lá os mais triste foi o do estudante de medicina Patch Adams, no filme O amor é contagioso, mostrando sua vontade de ajudar e se envolver com os pacientes, “ roubando” várias gargalhadas e despertando a alegria em cada parte que passava do hospital e até se igualava aos comportamentos anormais de alguns pacientes que se encontravam na ala de psiquiatria no intuito de torná-los “ humanos” , porque os profissionais de saúde lá agiam com muita desumanidade, muita frieza. Seu objetivo era humanizar os ambientes hospitalares.
Queria também acabar com a visão que o seu reitor tinha e repassava para os estudantes de medicina, dizendo que para se tornar médico, primeiro teria que se tornar desumano e na sua concepção paciente não precisava do cuidar e sim de tratamento, só remédio.
Muitas vezes algumas situações exigem certa mudança de comportamento com a intenção de estimular o paciente a expressar o que esta sentindo no memento e o que passa em sua mente, segundo Mayeroff(1993), a capacidade do cuidador modificar seu comportamento frente as necessidades do outro, ou seja, aprender com os erros , adquirindo assim comportamento flexível era um dos ingredientes necessários para o cuidar. Esse pensamento se iguala muito a prática de Patch no momento que ele fica na ala de psiquiatria, mostra o lado teórico e o lado prático do cuidar.
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O cuidado nem sempre é recíproco como consta no livro de Waldow (2001). Não se pode esperar a reciprocidade porque muitas vezes o paciente se encontra incapacitado de retribuir e em alguns casos se trata de pacientes com distúrbios mentais. No filme uma colega de Patch morre assassinada pelo seu paciente e depois ele se mata, Patch fica indignado por não sido recíproco o cuidado que eles deram e pelo ser humano ter agido tão friamente.
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O cuidar é a chave de um mundo melhor e mais humano, as pessoas têm que se conscientizar e acostumar a agir desta forma, deixar transparecer o Patch  Adams que cada um tem.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Hipotireoidismo - Desconstruindo mitos

Resolvi escrever sobre o hipotireoidismo por se tratar de um tema da atualidade desde que o famoso e pesado jogador de bola Ronaldo- O fenômeno, anunciou que sofria da enfermidade o que seria a justificativa para o seu ganho de peso, além do fato que caso se submetesse ao tratamento hormonal poderia ser pego no exame anti-dopping.
Para os leigos, a nova informação jogada aos quatro cantos do mundo poderia  ser acatada e até mesmo digna de pena.
Portanto, vamos lá.
A tireóide, glândula localizada na parte anterior do pescoço e anterior a laringe é responsável pela produção dos hormônios T3 ( triiodotironina) e T4( tetraiodotironina) que quando produzidos em taxas normais mantém o equilíbrio do corpo.
O excesso na produção do T3 e T4 acarreta o hipertireoidismo e a produção reduzida destes hormônios o hipotireoidismo.
O hipotireoidismo tem diversas causas como doenças auto-imunes (aquela em que a própria glândula se ataca), genética, remoção da glândula, entre outras causas que podem ser tratadas e o paciente viver tranquilamente sendo acompanhado pelo profissional endocrinologista que solicitará revisões periódicas para avaliar as taxas hormonais e ajustar a medicação caso se faça necessário.
Como características da doença o paciente apresenta em um estado inicial cansaço, fraqueza, cãibras musculares, pele seca, dor de cabeça, unhas fracas, queda de cabelos, sangramento menstrual irregular. È fato de que a mulher normalmente descobre a doença mais precocemente por apresentar problemas na menstruação e questões de estética, o que nos faz pensar que muitos homens possuem a enfermidade ainda sem diagnóstico e tratamento.
Caso o início deste tratamento ocorra tardiamente, algumas complicações podem surgir como ganho de peso, fala arrastada, contispação intestinal, inchaço e dores musculares, dor no peito e tantas outras complicações.
Além de tudo isso a reposição hormonal para o hipotireoidismo não é considerado dopping, pois não vai atuar aumentando a capacidade do atleta, na verdade, só irá regularizar o funcionamento normal do corpo.
Assim, nada mais de desculpas, devemos estar atentos aos sinais que o corpo dá, ele nos fala diariamente. Se algo não vai bem, devemos procurar um especialista. A nossa saúde é o nosso bem maior. Não esqueçam.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O CUIDADO DE ENFERMAGEM E O VALOR DA VIDA HUMANA

Hoje, trago parte de um texto muito interessante sobre O cuidado de enfermagem e o valor da vida humana de Maria de Lourdes de Souza; Vicente Volnei de Bona Sartor; Maria Itayra Coelho de Souza Padilha; Marta Lenise do Prado . Nele descobrimos que o cuidar é algo tão amplo e magnífico que percebemos como nós enfermeiros somos beneficiados ao cuidar de alguém.



O cuidado manifesta-se na preservação do potencial saudável dos cidadãos e depende de uma concepção ética que contemple a vida como um bem valioso em si. Por ser um conceito de amplo espectro, pode incorporar diversos significados. Ora quer dizer solidarizar-se, evocando relacionamentos compartilhados entre cidadãos em comunidades, ora, dependendo das circunstâncias e da doutrina adotada, transmite uma noção de obrigação, dever e compromisso social. 

O cuidado significa desvelo, solicitude, diligência, zelo, atenção e se concretiza no contexto da vida em sociedade. Cuidar implica colocar-se no lugar do outro, geralmente em situações diversas, quer na dimensão pessoal, quer na social. É um modo de estar com o outro, no que se refere a questões especiais da vida dos cidadãos e de suas relações sociais, dentre estas o nascimento, a promoção e a recuperação da saúde e a própria morte. Compreender o valor do cuidado de enfermagem requer uma concepção ética que contemple a vida como um bem valioso em si, começando pela valorização da própria vida para respeitar a do outro em sua complexidade, suas escolhas, inclusive a escolha da enfermagem como uma profissão.

Cuidar em enfermagem consiste em envidar esforços transpessoais de um ser humano para outro, visando proteger, promover e preservar a humanidade, ajudando pessoas a encontrar significados na doença, sofrimento e dor, bem como, na existência. É ainda, ajudar outra pessoa a obter auto conhecimento, controle e auto cura, quando então, um sentido de harmonia interna é restaurada, independentemente de circunstâncias externas.

O cuidado em enfermagem, nesta concepção de colocar-se no lugar do outro, aproxima-se das idéias do humanismo latino ao identificar os seres humanos pela sua capacidade de colaboração e de solidariedade para com o próximo. Deste modo, prestar cuidado quer na dimensão pessoal quer na social é uma virtude que integra os valores identificadores da profissão da enfermagem. Assim, compartilhar com as demais pessoas experiências e oportunidades, particularmente as que configuram o bem maior, a vida, constitui um dos fundamentos dos humanistas, que se apresenta na essência do cuidado de enfermagem. 

Nesta relação de respeito ao outro, é preciso considerar o conceito de mutualidade como meio-termo ou equilíbrio entre duas posições extremas: o paternalismo e a autonomia. O primeiro centralizado na provedoria, e o segundo, assentado extremamente no cliente. Os atributos da mutualidade caracterizam-se por sentimento de intimidade, conexão e compreensão, com objetivo de satisfação de ambos intervenientes.

Ao posicionar o cuidado de enfermagem no contexto de um agir solidário na vida e na morte, a Enfermagem respeita as razões morais de cada cidadão ao mesmo tempo em que convive com dores e alegrias advindas da relação interpessoal. Ao operar nesta dimensão, às vezes extremas, o cuidado orientado pela solidariedade busca a simetria e o equilíbrio nas suas múltiplas atividades enquanto função cuidadora.

A idéia de ajudar os outros na solução de problemas ou de um indivíduo colocar-se no lugar do outro, na maioria das sociedades, ainda permanece válida como referência e conteúdo básico da noção de cuidado em Enfermagem no século XXI. Seu fundamento é o de integrar as pessoas em torno do bem comum e manter o elo social. Assim, cuidar e solidarizar-se significam comprometimento e engajamento político-cultural, prevenindo rupturas da e na sociedade. 


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Identidade, subletividade e sintoma na era contemporânea

Estava relendo alguns artigos sobre a temática da construção da identidade e me deparei com um de Yvana Oliveira que traz a tríade identidade, subjetividade e sintoma na era contemporânea  fazendo refletir sobre o processo de formação e transformação do indivíduo como ser influenciado e influenciador da sociedade e como esta influencia pode trazer enfermidades tanto da alma, como do corpo.

 A autora aborda a doença como sendo a manisfestação de uma patologia que transcende o físico, o palpável, o orgânico e o real, e remete-nos ao aspecto simbólico a qual só poderá ser compreendido a partir das vivências pessoais de cada ser. Reforçando a importância da construção de uma identidade pautada no equilíbrio e no amor. Contudo, a sociedade atual nos pede que a razão se sobreponha aos sentimentos e emoções. Rosseau nos diz que: “Se é a razão que faz o homem, é o sentimento que o conduz.”. Como fica então a formação do indivíduo?

A noção de identidade contém duas dimensões: uma de individual e outra de ordem coletiva mas que estão obrigatoriamente interconectadas. Segundo Winnicott e Merleau-Ponty ( 1990), um indivíduo começa a existir quando é concebido mentalmente, ou seja está ligado ao desejo que unindo-se ao ato físico da concepção produzirá assim uma criança.

O feto desde o ventre materno já é um ser cheio de possibilidades que interage com o meio e sofre influências dele, porém, é somente após o nascimento que o bebê é reconhecido pela maioria das pessoas como um indivíduo.

Devido as limitações naturais, o bebê ainda não tem a percepção real do mundo  e dos objetos que o cercam , sua existência está pautada na satisfação das suas necessidades básica de sobrevivência, sendo a mãe ou quem faça o papel desta, a responsável por este suprimento.

Considera-se uma mãe suficientemente boa, aquela que supre as necessidades de afeto, nutrição e segurança para o bebê e é esta mesma mãe que terá o papel de introduzir seu filho, aos poucos, ao mundo exterior. Assim a criança vai percebendo que suas necessidades não provêm dela própria, mas de um objeto do mundo exterior.

O que deve ser ressaltado é que uma falha neste processo de individuação poderá resultar uma identidade fragmentada com problemas que repercutirão em sua vida, resultando em pessoas simbiotizadas com a mãe, logo sem uma existência própria. Yvana Oliveira ressalta ainda que com a aquisição do processo de individuação, o sujeito pode chegar a construir o que se chama de identidade, além do que a individuação é o primeiro passo para a subjetividade.

Segundo a teoria psicodinâmica  a construção da identidade do indivíduo depende do outro , a pessoa que exerce o papel de mãe fará a apresentação do mundo-objetal à criança, o que chama-se de auto-exo-transferência pois segundo Morin (1994) a referência a si-mesmo depende da referência que o indivíduo adquiriu do mundo externo.

Assim os indivíduos produzem a sociedade, que produz indivíduos, tornando o sujeito um objeto que ora se converte em causa, ora em efeito, ora em produto, ora em produtor, logo imaginamos que as experiências fornecidas pela mãe para a criança atuarão de forma determinante na constituição do indivíduo. Importante também ressaltar que estas experiências serão influenciadas pelas próprias vivências da mãe enquanto criança.

Conseguimos então entender a circularidade do processo de formação da identidade e da relação de causa e efeito. Referente a isso Oliveira nos fala que o coletivo vai determinar o modo de ser dos sujeitos no contexto histórico-social no qual está inserido. Se analisarmos como a sociedade se encontra na atualidade  perceberemos que há a predominância de desigualdades sociais, desestruturação familiar, misérias e torna-se claro qual o tipo de mundo está sendo apresentado as crianças e de que modo toda esta realidade está atuando na formação das identidades e subjetividades.

 Na ciência clássica, e mesmo nas ciências humanas e sociais, a subjetividade aparece como contingência, fonte de erros e assistimos à expulsão do sujeito no que se refere a sua singularidade e subjetividade, em detrimento de uma visão estruturalista, racionalista e cientificista. ( OLIVEIRA, 2004) 

Como conseqüência disto, os indivíduos da era contemporânea sofrem com enfermidades por não conseguirem subjetivarem e tornarem-se sujeitos, pois o sujeito não se separa do corpo social no qual se constitui e está inserido. Claro que cada sujeito é único e por isso mesmo, o impacto que as questões histórico-culturais e psíquica terão diferentes repercussões na formação dos sujeitos, alguns manifestam este impacto nas doenças.

Devemos considerar aqui doença como disfunção orgânica metabólica ou psíquica, que, por manifestar-se quebra a dinâmica da formação, construção e reformulação do indivíduo. O fato de estar doente significa que perdas e mudanças serão necessárias, de forma permanente ou transitória, e isto modificará sua identidade através da aquisição de novos processos de subjetivação, pois a doença abala a condição de ser.

Percebemos que nas sociedades ditas modernas, a racionalidade assumiu patamar elevado, devemos então repensar e tentar entender como os processos de formação dos indivíduos e dos sujeitos  estão destruindo suas singularidades, resultando assim diversas enfermidades comuns do nosso cotidiano. Só assim, conseguiremos planejar um cuidado individualizado e específico para para indivíduo.


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Auto Conhecimento

Ao iniciarmos nossa trajetória rumo ao conhecimento do cuidado humano, se faz imprescindível buscarmos o auto conhecimento e para isso utilizarei as palavras de Kahil Gibran, grande autor libanês que descorre sobre conteúdos existenciais.


" Vossos corações conhecem, em silêncio, os segredos dos dias e das noites.
  Mas vossos ouvidos têm sede de ouvir o saber de vossos corações.
  Desejais conhecer, em palavras, o que sempre soubestes em pensamento.
  Desejais tocar, com vossos dedos, o corpo desnudo de vossos sonhos.
  E é bom que assim seja.
  A fonte oculta de vossa alma precisa brotar e correr, murmulhante, até o mar.
  E assim seria revelado aos vossos olhos o tesouro de vossas profundezas infinitas.
  Mas que não haja medida para vosso tesouro desconhecido;
  E não deveis sonar as profundezas de vosso conhecimento com cajado e bordão.
  Pois o Eu é um oceano imensurável e sem fronteiras.
  Não dizei: " Encontrei a verdade", mas sim: " Encontrei uma verdade."
  Não dizei:" Encontrei o caminho da alma." Dizei: " Encontrei a alma enquanto seguia meu caminho."
  Pois a alma segue todos os caminhos.
  A alma não caminha sobre uma linha, nem cresce como junco.
  A alma desdobra-se, como um lótus de inúmeras pétalas."

 
                                                      Kahlil Gibran